O Ministério da Saúde divulgou, nesta sexta-feira (3), que o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas adulteradas alcançou 113 registros em todo o país. Entre eles, há ocorrências confirmadas, suspeitas e também mortes em investigação.
Os primeiros casos sob apuração foram informados pela Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul. No total, são 11 confirmações e 102 situações ainda em análise.
Distribuição dos casos
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São Paulo concentra a maioria: 101 notificações (11 confirmadas e 90 em investigação).
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Pernambuco tem 6 casos em análise.
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Bahia e Distrito Federal registraram 2 ocorrências cada.
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Paraná e Mato Grosso do Sul notificaram 1 caso em investigação em cada estado.
Até o momento, 12 mortes estão associadas ao episódio: 1 confirmada em São Paulo e outras 11 sob investigação (8 em SP, 1 em PE, 1 na BA e 1 no MS).
Ações do Ministério da Saúde
Para reduzir os danos causados pela ingestão de metanol, o governo adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico, que atua como antídoto, e já anunciou a compra de mais 5 mil tratamentos (150 mil ampolas) para reforçar o estoque do SUS.
Situação em São Paulo
A capital paulista concentra a maior parte dos registros, com 56 casos (48 em investigação e 8 confirmados). A Grande São Paulo e o interior também apresentam notificações isoladas em municípios como São Bernardo do Campo, Guarulhos, Jundiaí, Santos, Ribeirão Preto e outros.
O perigo do metanol
O metanol é um álcool de uso industrial, empregado em solventes e produtos químicos. Quando ingerido, é altamente tóxico: o fígado o transforma em substâncias que podem causar cegueira, danos neurológicos, falência renal e até a morte.
Caso emblemático
No fim de agosto, um jovem de 28 anos passou mal após consumir gin comprado em uma adega da Zona Sul de São Paulo. Ele foi levado ao hospital, mas sofreu graves complicações e permanece em coma. Outros amigos que também beberam a substância apresentaram sintomas como alterações na visão, falta de ar e mal-estar
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